04 fevereiro 2010

Regras básicas para executar acordes para guitarra e escalas subjacentes.

Como se formam acordes para a guitarra


Este é o primeiro assunto que gera alguma confusão. A nota tonal do acorde deve ser sempre a mais grave na formação do acorde. Num piano isto é fácil, porque a disposição do teclado permite simplesmente deslocar a mão, mantendo-se como referência a nota tonal. Porém, numa guitarra, não é assim tão fácil, porque é preciso encontrar a disposição dos dedos que permite tocar só as notas que pertençem ao acorde e, ainda por cima, a nota tonal deve ser a mais grave a ser tocada.
Idealmente as notas devem ser tocadas na ordem da escala subjacente e, se possível, "resolver" também na nota tonal.
Se as notas do acorde não forem tocadas pela mesma ordem da escala subjacente, então diz-se que o acorde está invertido. Isto leva a outra confusão frequente na notação dos acordes: A nota de baixo alterada ou a inversão do acorde. Veja o seguinte exemplo:


 
 
 
 
 
 








 
 
 
 
 
 






Ambos os acordes apresentados são formas do acorde de Dó Maior. Porém, repare que na segunda imagem estamos a tocar também a nota E (Mi). Como a nota E pertençe ao acorde de Dó Maior, o acorde não foi alterado mas está invertido. A simbologia deste acorde pode ser escrita de duas formas: C\E ou Cinv I.
Então onde está a confusão ? Bom, o problema é que a notação C\X também pode ser utilizada para acrecentar uma outra nota ao acorde de Dó. Por exemplo C\F# significa um acorde de Dó, acrecentando também a nota F# à nota grave. Porém a nota F# não pertençe ao acorde de Dó maior, o que quer dizer que o acorde foi alterado.
 
Escala do acorde:
Para podemos começar a ver como se formam os vários tipos de acordes ainda temos que explicar o fundamental: a escala subjacente ao acorde e que permite a sua construção. Vamos supor um acorde baseado na nota tonal de Dó, a escala subjacente está na tabela que se segue:
C C#
Db
D D#
Eb
E F F#
Gb
G G#
Ab
A A#
Bb
B C C#
Db
D D#
Eb
E F F#
Gb
G G#
Ab
A
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
A tabela é importante porque caracteriza os intervalos da escala de Dó. Repare no pormenor da designação das notas da escala de Dó: os graus 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 correspondem à escala maior de Dó. As restantes notas são diminuídas em relação à escala. Esta tabela aplica-se a todas os acordes. Por exemplo, em qualquer acorde de Ré Sustenido a escala subjacente é a que está na tabela que se segue:
D#
Eb
E F F#
Gb
G G#
Ab
A A#
Bb
B C C#
Db
D D#
Eb
E F F#
Gb
G G#
Ab
A A#
Bb
B C
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
Já se está mesmo a ver de onde vêm aquelas designações esquisitas tipo Eb6/9 ou D#m7b5, ou não está ? Esperem aí que a nomenclatura ajuda mas existem uns pormenores de malvadez que vamos explicar quando chegarmos aos acordes de Sétima.

 

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